Mas tem uma coisa que ninguém lembra de contar também, é que você já foi adolescente antes mesmo de ser criança, sim, quando você estava deixando de ser bebê, quase que precisamente aos dois anos e que isso tem até nome: TERRIBLE TWO!!! (booo) e você provavelmente só irá acreditar que isso existe fora do Halloween (sim, é assustador, boo de novo) quando você for a santa mãe do(a) mini adolescente.
Dia 15 agora a minha pequena terrorista ( achou que ela fosse sempre fofa?) completou 2 anos e meio, ou seja, terrible twoo e meio kkkk, a parte boa é que quanto mais perto dos 3 anos ela chega, menos terrible ela fica ( tenho acreditado), pra quem não sabe ( leia-se, pra quem não tem um em casa),
terrible two (ou terríveis dois anos, mas eu vou chamar de t2, pq sou super íntima) é uma fase a qual os especialistas consideram como a primeira adolescência, que, apesar do nome, pode surgir entre um ano e meio ( foi o meu caso, podem sentir pena, eu deixo) e três anos de idade (ai de mim). É o período em que a criança começa a se comportar de modo opositivo à vontade dos pais e acha liiiindooo dizer “não” para tudo.
Esse "se comportar de modo opositivo" é uma maneira digna de dizer que vocês, pai, mãe, avós, tia da escola, enfim, adultos vão querer fugir para as montanhas quando se depararem com a primeira birra, o primeiro escândalo em público ( ou não) daquela criança que você educa e/ou convive e que até outro dia era um amorzinho tchuco tchuco nheco nheco xiq xiq balancê com todos ( tipo a Bia...). Acontece com a maioria das crianças dessa faixa etária pois é nela que ela começa a se perceber enquanto indivíduo e instintivamente começa a entender que têm capacidade de gerar opiniões próprias, para demonstrar e testar isso, nada melhor que desafiar os pais, mesmo não tendo ainda maturidade para fazer isso, consequentemente, isso irá gerar um conflito até mesmo com ela própria, resultando na maioria das vezes em gritos, muitos nãos ( de ambas as partes), choramingos, arremessos de objetos e um bate e rebate de criança no chão que só vendo!!!
Se você leu até aqui e está balançando a cabecinha e me achando absurdamente péssima mãe pois o seu filho ( valendo somente pra quem tem ou já teve filhos entre 1 ano e meio e 3 anos em casa, antes disso, não comemore e nem me julgue agora pois pega mal depois... aconteceu assim comigo) nunca fez nada disso que foi citado até então e na sua casa nunca aconteceu o terrible two, te peço que não continue a leitura, deixe nos comentários a sua receita de sucesso e escreva um livro, vai vender à beça, amiga!
Mas se você é uma reles mãe mortal como eu, por gentileza, aperta minha mão e clica aqui em baixo pra continuar a leitura:
Posso desabafar? Antes de eu ser mãe, eu julgava muito, quando eu via uma criança jogada no chão do supermercado chorando alto ou uma mãe enlouquecida entrando em um pula pula pra tirar o filho birrento de lá, eu pensava:
" Mas que falta de moral. Se fosse meu filho eu já teria dado um jeito" ( legendei meu pensamento sem os palavrões e as ameaças, tá?)
Tudo isso era mto fácil de analisar até o bendito dia em que abduziram minha filha, me deixaram um Gremlin molhado no lugar e provavelmente, já era meia noite!!! ( Se vc não entendeu a piada, corre no Google e faz seu curso on line sobre os anos 80).
Em alguns momentos era como se a minha criança fofa e sorridente, sapeca e cheia de energia, porém obediente, se transformasse em uma menina chatinha, birrenta, que não aceita ser contrariada, onde estava aquela mãe que eu achava que era? Que não precisava pedir duas vezes, quando o meu jeito de educar, que parecia estar indo tão bem, deixou de funcionar? Eu que um dia fui plateia de um espetáculo daqueles de criança jogada no chão a bater pernas, agora era a atriz coadjuvante ( mãe) com um teatro lotado a me julgar.
Eu nem preciso dizer que em muitos momentos eu fiquei paralisada, em outros eu chorei junto, muitas vezes eu decepcionei a Xuxa e dei as polêmicas palmadas e em quase todas eu tentei ser a Supernanny, nem sempre com o mesmo sucesso...
Depois de muitos vexames e de me sentir super frustrada e sem entender "o que foi que eu perdi?", eu comecei a entender que eu não estava sozinha no mundo, que muito pertinho de mim existiam outras coitadas kkkk, minha mãe foi uma delas, minhas amigas estavam no mesmo barco e meu marido, que tem mais dois filhos dele, mais velhos, além da nossa, já conhecia aquela crise, ou seja, era uma fase... Claro que não é por ser uma fase que você se senta no cantinho da disciplina e espera passar, você tem que saber passar por ela sem deixar chances de ficar pra sempre nela!!! Afinal, toda mãe quer ter um filho educado e obediente, como conseguiremos chegar nisso é mto pessoal, acredito muito que cada mãe carrega dentro de si um manual que ela vai desvendando a cada experiência, entre erros e acertos, a gente vai tentando fazer o que é o melhor, não tenho a pretensão com esse blog de dizer o que é certo ou errado nessa aventura de ser mãe, mas acredito demais na troca de experiências, então lá vão algumas dicas que eu fui desenvolvendo e colocando em prática, depois de apanhar mto ( no bom sentido, tá?):
- Entenda a fase, leia, converse, pesquise, fale com seus pais, com seus amigos que têm filhos, reflita sempre que estiver em paz sobre o "momento da birra", como começou? O que eu fiz pra resolver? Isso me fez bem, fez bem ao meu filho e deu resultado? Teria como eu evitar? Quando eu paro pra pensar em tudo eu sempre chego em alguma resposta, muitas vezes vem a dolorosa culpa, mas não sem trazer bons ensinamentos
- Descarte qualquer ato de violência, seja física ou verbal, isso só fará mal à você e à criança.
- Antes de sair de casa, converse com a criança, explique que você não aceitará mau comportamento, que não há necessidade de birras, fale como será o passeio, o que irão fazer e que seria muito legal se todos se divertissem
- Lembre-se que você é exemplo, se ao se sentir contrariado com algo, vc se torna mal humorado, altera a voz, se descontrola e discute facilmente na frente da criança , vai ficar difícil ela entender que essa não é melhor forma de negociar!
- Se juntar gente ao seu redor para assistir ao "show" do seu filho te faz perder a paciência mais facilmente, se te envergonha ao ponto de te deixar sem saber como agir ou descontrolado, não hesite em fechar as cortinas, saia do ambiente com a criança no colo e procure um lugar mais isolado para conversar com ela, essa atitude te fará agir de forma mais tranquila e mostrará ao seu filho que vc desaprova tal atitude.
- Nunca deixe de disciplinar seu filho e mostrar que ele está errado, mas procure fazer isso depois da birra, ignorar a birra costuma ser uma boa solução, mas não ignore para sempre, a conversa tem que acontecer.
- Se no momento da birra a criança se torna violenta, machucando a si mesma ou aos outros, ela precisa ser imediatamente contida, se abaixar na altura da criança, conversar firme e manter os olhos fixos nos dela, costuma funcionar.
- Em todo caso, atitudes que você não aprova devem ter consequências e seu filho deve saber disso, fale para a criança o que não é permitido e o motivo, diga que vc percebe que ele está chateado, dependendo da situação, até mesmo entende o pq dele estar bravo, mas que existe a maneira certa de tudo se resolver e não é daquela forma, que vc desaprova e que isso terá consequências para ele caso não se comporte ou se repita, se se repetir, as consequências deverão acontecer, por exemplo, não adianta você explicar que se ele gritar de novo ele irá voltar pra casa se quando ele gritar você continuar o passeio.
- Nem sempre uma crise de choro, ou uma demonstração de raiva é birra, esteja atento se esse comportamento reflete algum problema emocional, vale consultar um especialista se for este o caso.
- Não deixe que a opinião das pessoas interfira nas suas decisões enquanto mãe ou pai, conselho é bom, mas não deve definir sua postura diante da educação do seu filho.
- Se você estiver perdendo o controle, respire fundo, se afaste da criança e peça ajuda à alguém de confiança para ficar com seu filho naquele momento.
- O mais importante: lembre-se que você e seu filho são humanos, portanto, falhas sempre existirão, aprenda com elas!
Graças a Deus, aqui em casa o furacão está perdendo a força rsrs, muita coisa aconteceu ao longo desse período e com certeza muitas novidades e fases diferentes estão por vir, espero poder agir da melhor forma possível e poder dividir com vcs de forma positiva um pouco da minha experiência.
Abraços e até o próximo post :)